quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Vídeo educativo na escola

O vídeo é um recurso importante para o auxilio no processo de ensino-aprendizagem. Sendo o professor quem deve analisar criticamente o livro e programas didáticos e utilizá-los da melhor maneira possível em sala de aula. O professor como profissional deve ter competência para identificar e selecionar que materiais podem contribuir para a reflexão sobre o tema ou conteúdo a ser desenvolvido pelos alunos. Ele deve saber planejar, com que objetivo e de que modo serão usados estes recursos, sempre considerando as variedades de linguagem, de abordagens e de pontos de vista de seus alunos.
A discussão sobre a seleção e uso do vídeo com um recurso didático entre os professores de diversas disciplinas e um momento de formação eficaz e complementar para o aprendizado, não ficando os professores restritos somente a utilização de livros didáticos.
O professor deve procurar planejar as suas aulas de acordo com as metas educacionais.
É fundamental que o professor, ao pensar em fazer uso do vídeo didático, tenha claro os seus objetivos em relação ao processo de aprendizagem que este vídeo possa desenvolver, dentro do contexto que esta sendo estudado. Acredito ser necessário que ele tenha conhecimento prévio do conteúdo que o vídeo possui, e se o tempo do mesmo esta de acordo com o tempo de aula disponível, para as discussões, relatórios e considerações referentes à aula. Os professores colaboram em um processo permanente de aprendizagem, ajudam os alunos na construção de sua identidade, do seu caminho profissional e intelectual; tornando-os cidadãos realizados e produtivos.
A utilização do vídeo como recurso didático deve-se mais a uma complementação didático-pedagógica.
O professor interessado na melhoria da aprendizagem sempre deverá viabilizar recursos para despertar a atenção dos alunos, pois todos nos sabemos que os mesmos gostam de assistir TV, e nada mais justo que colocar a TV em sala de aula, com apresentações de vídeos ou filmes que estimulem a curiosidade e compreensão dos alunos em relação ao conteúdo trabalhado.
Os vídeos são capazes de mostrar fatos, pessoas e dados que falam por si mesmos, o professor é que melhor irá abordar os fatos mais relevantes aos seus alunos.
O professor funciona como o intérprete, e deve ter conhecimento, facilidade de analisar um produto audiovisual, ter o senso crítico e saber desenvolver com os alunos uma linguagem audiovisual.
Os vídeos educativos também são importantes complementos na formação da criança. Contribuem no processo de ensino, os programas de cunho educacional, com noções de cidadania, canções, figuras e formas coloridas. É fundamental que os pais tenham percepção daquilo que é recomendável para o filho. Tenham consciência do programa apropriado para a apresentação ao filho.

Televisão


A sociedade moderna esta cada vez mais submetida a avanços tecnológicos, os quais afetam diretamente no estilo de vida da sociedade e, em especial das crianças e adolescentes que tendem a dedicar cada vez menos tempo em atividades de leitura e aprendizagem.
A televisão é um meio de comunicação que participa da vida cotidiana das famílias. Ela é vista como um meio de comunicação que serve para informar e atualizar as pessoas.
O ato de ver televisão é um ritual já tão assimilado culturalmente pela família moderna brasileira, que um novo padrão de comportamento foi criado e desenvolvido a partir do hábito cotidiano de se reunir para assistir televisão. Este novo comportamento da família que se emociona diante da telinha abrange todas as classes sociais, pois é um fenômeno que atinge pela emoção, pela vivência dos dramas, mobilizando os membros da família pela identificação da realidade que cada um deles têm escondida intimamente com a realidade mostrada na televisão.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Fichamento II

Novas Tecnologias na sala de aula: melhoria do ensino ou inovação conservadora ?  Paulo Gileno Cysneiro.

Resumo:
O autor se refere ao uso das novas tecnologias da informação em sala de aula, sobre a qualidade do ensino, sobre os desafios, como os enfrentamos. Relata que as escolas públicas brasileiras e da America Latina em regiões rurais servem a comunidades carentes que não dispõem de recursos tecnológicos que, segundo o autor seria uma biblioteca atualizada.
Depois discorre sobre as escolas das grandes cidades onde as salas de aula tem pouco espaço físico e são decadentes em suas estruturas, o que acaba por desmotivar os alunos, favorecendo a aula tradicional. Os professores estão sobrecarregados por muitas vezes por ministrarem aulas em outros estabelecimentos de ensino e são mal remunerados.
O autor diz encontrar pessoas ofertando conteúdos que não dominam ou fingem ensinar. Mas há também os que se empenham em dar aulas criativas de ensinar e educar dentro das limitações e das condições existentes.
Cita o autor Larry Cubam e faz referencia a seu trabalho: Professores e Máquinas: o uso da tecnologia na sala de aula desde 1920. Onde se conclui que o uso tecnológico tem sido um insucesso. Lançam-se políticas públicas de introdução da nova tecnologia nos sistemas escolares. E aponta a causa desse insucesso: a falta de recursos, resistência de professores, burocracia institucional e equipamentos inadequados.
Para Cysneiro ao se treinar professores em cursos intensivos e usar equipamentos nas escolas não significa que as novas tecnologias irão melhor a qualidade do ensino. E se pode  utilizar outras ferramentas, sem ser o computador, para realizar todas as atividades escolares. Afirma, que além do computador outros equipamentos de ensino vem sendo criados com a tecnologia da informática. Ex.: um quadro de pincel que produz na tela do computador do aluno aquilo que for escrito pelo professor. Segundo o autor isso pode ser mais convincente mais não difere de uma aula tradicional. E conclui não desmerecer as tecnologias, pois essas podem auxiliar no ensino-aprendizagem, facilitar a comunicação e a vida do professor, quebra a monotonia... mas poderá também ter efeitos contrários como, gerar ao aluno a ideia que não se precisa mais copiar, pois o conteúdo já vem pronto e acabado, levando o alunado a sensação falsa de aprendizagem.
 Mesmo a internet sendo um recurso com muito potencial em determinadas atividades educativas, também pode ser mais um fator do colonialismo cultural, pois recebemos informações daqueles que tem condições de colocá-la nos computadores reduzindo nossa presença e ampliando o alcance do poder de suas ideias, com todos os fatores associados do formato hipertexto, da velocidade, de multi-representações, para Cysneiro. “Sendo importante, então, que coloquemos tais máquinas nas mãos dos jovens, porém sempre predominando o ato de educar, de examinar criticamente - numa atitude freiriana -, aquilo que está lá.
A tecnologia não é neutra, no sentido de que seu uso proporciona novos conhecimentos do objeto, transformando, pela mediação, a experiência intelectual e afetiva do ser humano, individualmente ou em coletividade; possibilitando interferir, manipular, agir mental e ou fisicamente, sob novas formas, pelo acesso a aspectos até então desconhecidos do objeto.
Esse tipo de construção de novas formas de ensinar e de aprender, de conhecimentos novos, exigirá do professor uma atitude permanente de tolerância à frustração e de pesquisa não formal, de busca, de descoberta e criação. Criação no sentido de adaptação, de extensão, de invenção. Em ambos os casos, fracassos e sucessos são faces da mesma moeda, com demonstra a história da produção humana de conhecimento e especificamente as histórias de sucesso em Informática Na educação. “

2) Citações principais do texto:
“Quando analiso tais tecnologias nas minhas aulas, tenho observado reações espontâneas de professores que se impressionam, fazendo comentários tipo “que maravilha.” Tais reações são indicadores da crença secular de um grande número de educadores, que ensinar é expor, embora possam dizer o contrário. Não quero com isso afirmar que tais tecnologias de exposição não são úteis. São sim, nas mãos de mestres criativos, dentro de contextos apropriados.”

“Vários autores reconhecem que os usos educativos das tecnologias da informação na última década - instrução assistida por computador (CAI), informações em rede, aprendizado à distância - foram embasados em métodos pedagógicos tradicionais: fluxo unidirecional de informações, tipicamente um professor falando ou comentando imagens para alunas e alunos passivos. “

“A presença da tecnologia na escola, mesmo com bons software, não estimula os professores a repensarem seus modos de ensinar nem os alunos a adotarem novos modos de aprender. Como ocorre em outras áreas da atividade humana, professores e alunos precisam aprender a tirar vantagens de tais artefatos. “

“Para a formação básica de uma criança e para resolução dos problemas que alguém encontra no dia a dia, as informações mais relevantes são aquelas amadurecidas pelas gerações passadas, pelo tempo, ou aquelas encontradas na própria comunidade, acessíveis através de meios mais simples como jornais e pelo contato humano no próprio grupo social, não aquilo que está ocorrendo em Nova Iorque ou em Tóquio e colocado na Internet. “

3) Comentários(parecer e crítica):
Concordo em algumas questões levantadas pelo autor, as tecnologias são apoio dentro de sala de aula. Permitem realizar atividades de aprendizagem de formas diferentes as do método tradicional, tornado a aula mais interessante e agradável. Uma educação inovadora que pressuponha desenvolver propostas que se complementam e se combinam no foco de aprendizagem, no autoconhecimento, na valorização do aluno e professor contribuirá para um ensino de qualidade.
Quando usadas de forma integradora pode-se organizar atividades diferentes dentro de sala de aula, no laboratório, o acesso a Internet...complementando com educação à distância e  inserção profissional.
Cabe ao professor levar seus alunos a desenvolver atividades de pesquisa e de domínio das tecnologias, motivá-los ao aprendizado. Com espaço adequado e concretização do aprendizado com a realidade do educando.










Fichamento I

VALENTE, José Armando. ALMEIDA, Fernando José. Visão analítica da informática na educação no Brasil: a questão da formação do professor, Revista Brasileira de Informática na Educação. N 1, setembro de 1997.p. 01-16.

Resumo:
O autor aborda a História da Informática na Educação no Brasil, França e Estados Unidos da America e faz uma comparação positiva e negativamente.
Segundo o autor, a disseminação das mídias na escola hoje está longe do desejado e anunciado, que é provocar mudanças ao invés de automatizar o ensino. Os fatores que dificultam essa informatização de qualidade, além da falta de verbas é a preparação inadequada dos professores.
A informática na educação brasileira nasce pelo interesse dos educadores de algumas universidades brasileiras motivados pelo que já acontecia com outros países. Na informática as mudanças educacionais são quase inexistentes do campo pedagógico. Não se encontram práticas transformadoras no processo educacional, onde o aluno construa seu conhecimento ao invés do professor apenas transmitir informação.
Nos EUA, o uso do computador na educação é descentralizado das decisões governamentais e é pressionado pela competição pelo livre mercado das empresas e pelo desenvolvimento tecnológico. As mudanças tecnológicas são sofisticadas e acessíveis, mas também não proporcionam mudanças pedagógicas. E os professores são treinados sobre as técnicas de uso do softwares educativos em sala de aula ou os professores na área de informática assumem a disciplina de informática. As universidades americanas são as grandes formadoras de professores para a área de informática na educação.
Na França, a escola pública assume um forte papel, uma vez que o campo econômico, cultural e social interagem na rede escolar e a escola particular é quase inexistente. Os programas de informática franceses visam preparar o aluno para ser capaz de usar a tecnologia de informática, o computador como recurso para desenvolvimento de tarefas. E também se preocupam com a formação de professores desde o inicio de 1970; para a integralização entre informática à educação. Além de querer garantir aos indivíduos o total acesso à informação e ao uso da informática.
O autor conclui que diferentes países a introdução do computador nas escolas não produziu o sucesso esperado. Pois as práticas pedagógicas inovadoras só acontecem quando as instituições se propõem a repensar e a transformar a sua estrutura rígida em uma estrutura flexível, dinâmica e articuladora. Criando-se condições para o professor contextualizar o aprendizado e as experiências vividas durante a sua formação para sua realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que dispõe a atingir.
2) Citações principais do texto:
“Apesar dos fortes apelos da mídia e das qualidades inerentes ao computador, a sua disseminação nas escolas está hoje muito aquém do que se anunciava e se desejava. A Informática na Educação ainda não impregnou as ideias dos educadores e , por isto, não está consolidada no nosso sistema educacional.” (p. 1).

“As experiências de implantação da informática na escola têm mostrado que a formação de professores é fundamental e exige uma abordagem totalmente diferente. Primeiro, a implantação da informática na escola envolve muito mais que prover o professor com conhecimentos sobre computadores ou metodologias de como usar o computador na sua respectiva disciplina (...) “(p. 11).

“A formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimentos sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica (...)”  (p. 14 e 15).


3) Comentários(parecer e crítica):
Almeida diz que para uma educação através da mídia ser qualificada o professor deverá realizar cursos de formação que favoreçam o dia-a-dia do professor, pois muitas vezes esses cursos são descontextualizados com a realidade de sala de aula. A implantação da informática em sala de aula tem mostrado que a formação de professores é fundamental, mas exige uma abordagem diferente, onde o professor não necessite apenas ser provido com conhecimentos sobre o computador ou metodologias de como usá-lo. Essa formação deve ser profunda e qualificada para que o professor possa atender e discernir sobre as possibilidades midiáticas, tecnológicas, que se apresentam.
A tecnologia educacional deve fazer parte do cotidiano e é crescente a ampliação no uso dos processos educacionais, onde docentes e alunos interajam critica e criativamente com as tecnologias disponíveis. É necessário formar profissionais preparados para lidar com a linguagem das novas mídias e seu significado em sala de aula, onde a educação seja parte integrante do social. A educação é um importante fator de desenvolvimento na história das sociedades e a da própria educação, sendo apropriado introduzir estratégias qualificadas para esse desenvolvimento, como, políticas de pesquisa cientifica avançada na fronteira do conhecimento e uma política de capacitação tecnológica.