sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Fichamento I

VALENTE, José Armando. ALMEIDA, Fernando José. Visão analítica da informática na educação no Brasil: a questão da formação do professor, Revista Brasileira de Informática na Educação. N 1, setembro de 1997.p. 01-16.

Resumo:
O autor aborda a História da Informática na Educação no Brasil, França e Estados Unidos da America e faz uma comparação positiva e negativamente.
Segundo o autor, a disseminação das mídias na escola hoje está longe do desejado e anunciado, que é provocar mudanças ao invés de automatizar o ensino. Os fatores que dificultam essa informatização de qualidade, além da falta de verbas é a preparação inadequada dos professores.
A informática na educação brasileira nasce pelo interesse dos educadores de algumas universidades brasileiras motivados pelo que já acontecia com outros países. Na informática as mudanças educacionais são quase inexistentes do campo pedagógico. Não se encontram práticas transformadoras no processo educacional, onde o aluno construa seu conhecimento ao invés do professor apenas transmitir informação.
Nos EUA, o uso do computador na educação é descentralizado das decisões governamentais e é pressionado pela competição pelo livre mercado das empresas e pelo desenvolvimento tecnológico. As mudanças tecnológicas são sofisticadas e acessíveis, mas também não proporcionam mudanças pedagógicas. E os professores são treinados sobre as técnicas de uso do softwares educativos em sala de aula ou os professores na área de informática assumem a disciplina de informática. As universidades americanas são as grandes formadoras de professores para a área de informática na educação.
Na França, a escola pública assume um forte papel, uma vez que o campo econômico, cultural e social interagem na rede escolar e a escola particular é quase inexistente. Os programas de informática franceses visam preparar o aluno para ser capaz de usar a tecnologia de informática, o computador como recurso para desenvolvimento de tarefas. E também se preocupam com a formação de professores desde o inicio de 1970; para a integralização entre informática à educação. Além de querer garantir aos indivíduos o total acesso à informação e ao uso da informática.
O autor conclui que diferentes países a introdução do computador nas escolas não produziu o sucesso esperado. Pois as práticas pedagógicas inovadoras só acontecem quando as instituições se propõem a repensar e a transformar a sua estrutura rígida em uma estrutura flexível, dinâmica e articuladora. Criando-se condições para o professor contextualizar o aprendizado e as experiências vividas durante a sua formação para sua realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que dispõe a atingir.
2) Citações principais do texto:
“Apesar dos fortes apelos da mídia e das qualidades inerentes ao computador, a sua disseminação nas escolas está hoje muito aquém do que se anunciava e se desejava. A Informática na Educação ainda não impregnou as ideias dos educadores e , por isto, não está consolidada no nosso sistema educacional.” (p. 1).

“As experiências de implantação da informática na escola têm mostrado que a formação de professores é fundamental e exige uma abordagem totalmente diferente. Primeiro, a implantação da informática na escola envolve muito mais que prover o professor com conhecimentos sobre computadores ou metodologias de como usar o computador na sua respectiva disciplina (...) “(p. 11).

“A formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimentos sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica (...)”  (p. 14 e 15).


3) Comentários(parecer e crítica):
Almeida diz que para uma educação através da mídia ser qualificada o professor deverá realizar cursos de formação que favoreçam o dia-a-dia do professor, pois muitas vezes esses cursos são descontextualizados com a realidade de sala de aula. A implantação da informática em sala de aula tem mostrado que a formação de professores é fundamental, mas exige uma abordagem diferente, onde o professor não necessite apenas ser provido com conhecimentos sobre o computador ou metodologias de como usá-lo. Essa formação deve ser profunda e qualificada para que o professor possa atender e discernir sobre as possibilidades midiáticas, tecnológicas, que se apresentam.
A tecnologia educacional deve fazer parte do cotidiano e é crescente a ampliação no uso dos processos educacionais, onde docentes e alunos interajam critica e criativamente com as tecnologias disponíveis. É necessário formar profissionais preparados para lidar com a linguagem das novas mídias e seu significado em sala de aula, onde a educação seja parte integrante do social. A educação é um importante fator de desenvolvimento na história das sociedades e a da própria educação, sendo apropriado introduzir estratégias qualificadas para esse desenvolvimento, como, políticas de pesquisa cientifica avançada na fronteira do conhecimento e uma política de capacitação tecnológica.



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