sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Fichamento II

Novas Tecnologias na sala de aula: melhoria do ensino ou inovação conservadora ?  Paulo Gileno Cysneiro.

Resumo:
O autor se refere ao uso das novas tecnologias da informação em sala de aula, sobre a qualidade do ensino, sobre os desafios, como os enfrentamos. Relata que as escolas públicas brasileiras e da America Latina em regiões rurais servem a comunidades carentes que não dispõem de recursos tecnológicos que, segundo o autor seria uma biblioteca atualizada.
Depois discorre sobre as escolas das grandes cidades onde as salas de aula tem pouco espaço físico e são decadentes em suas estruturas, o que acaba por desmotivar os alunos, favorecendo a aula tradicional. Os professores estão sobrecarregados por muitas vezes por ministrarem aulas em outros estabelecimentos de ensino e são mal remunerados.
O autor diz encontrar pessoas ofertando conteúdos que não dominam ou fingem ensinar. Mas há também os que se empenham em dar aulas criativas de ensinar e educar dentro das limitações e das condições existentes.
Cita o autor Larry Cubam e faz referencia a seu trabalho: Professores e Máquinas: o uso da tecnologia na sala de aula desde 1920. Onde se conclui que o uso tecnológico tem sido um insucesso. Lançam-se políticas públicas de introdução da nova tecnologia nos sistemas escolares. E aponta a causa desse insucesso: a falta de recursos, resistência de professores, burocracia institucional e equipamentos inadequados.
Para Cysneiro ao se treinar professores em cursos intensivos e usar equipamentos nas escolas não significa que as novas tecnologias irão melhor a qualidade do ensino. E se pode  utilizar outras ferramentas, sem ser o computador, para realizar todas as atividades escolares. Afirma, que além do computador outros equipamentos de ensino vem sendo criados com a tecnologia da informática. Ex.: um quadro de pincel que produz na tela do computador do aluno aquilo que for escrito pelo professor. Segundo o autor isso pode ser mais convincente mais não difere de uma aula tradicional. E conclui não desmerecer as tecnologias, pois essas podem auxiliar no ensino-aprendizagem, facilitar a comunicação e a vida do professor, quebra a monotonia... mas poderá também ter efeitos contrários como, gerar ao aluno a ideia que não se precisa mais copiar, pois o conteúdo já vem pronto e acabado, levando o alunado a sensação falsa de aprendizagem.
 Mesmo a internet sendo um recurso com muito potencial em determinadas atividades educativas, também pode ser mais um fator do colonialismo cultural, pois recebemos informações daqueles que tem condições de colocá-la nos computadores reduzindo nossa presença e ampliando o alcance do poder de suas ideias, com todos os fatores associados do formato hipertexto, da velocidade, de multi-representações, para Cysneiro. “Sendo importante, então, que coloquemos tais máquinas nas mãos dos jovens, porém sempre predominando o ato de educar, de examinar criticamente - numa atitude freiriana -, aquilo que está lá.
A tecnologia não é neutra, no sentido de que seu uso proporciona novos conhecimentos do objeto, transformando, pela mediação, a experiência intelectual e afetiva do ser humano, individualmente ou em coletividade; possibilitando interferir, manipular, agir mental e ou fisicamente, sob novas formas, pelo acesso a aspectos até então desconhecidos do objeto.
Esse tipo de construção de novas formas de ensinar e de aprender, de conhecimentos novos, exigirá do professor uma atitude permanente de tolerância à frustração e de pesquisa não formal, de busca, de descoberta e criação. Criação no sentido de adaptação, de extensão, de invenção. Em ambos os casos, fracassos e sucessos são faces da mesma moeda, com demonstra a história da produção humana de conhecimento e especificamente as histórias de sucesso em Informática Na educação. “

2) Citações principais do texto:
“Quando analiso tais tecnologias nas minhas aulas, tenho observado reações espontâneas de professores que se impressionam, fazendo comentários tipo “que maravilha.” Tais reações são indicadores da crença secular de um grande número de educadores, que ensinar é expor, embora possam dizer o contrário. Não quero com isso afirmar que tais tecnologias de exposição não são úteis. São sim, nas mãos de mestres criativos, dentro de contextos apropriados.”

“Vários autores reconhecem que os usos educativos das tecnologias da informação na última década - instrução assistida por computador (CAI), informações em rede, aprendizado à distância - foram embasados em métodos pedagógicos tradicionais: fluxo unidirecional de informações, tipicamente um professor falando ou comentando imagens para alunas e alunos passivos. “

“A presença da tecnologia na escola, mesmo com bons software, não estimula os professores a repensarem seus modos de ensinar nem os alunos a adotarem novos modos de aprender. Como ocorre em outras áreas da atividade humana, professores e alunos precisam aprender a tirar vantagens de tais artefatos. “

“Para a formação básica de uma criança e para resolução dos problemas que alguém encontra no dia a dia, as informações mais relevantes são aquelas amadurecidas pelas gerações passadas, pelo tempo, ou aquelas encontradas na própria comunidade, acessíveis através de meios mais simples como jornais e pelo contato humano no próprio grupo social, não aquilo que está ocorrendo em Nova Iorque ou em Tóquio e colocado na Internet. “

3) Comentários(parecer e crítica):
Concordo em algumas questões levantadas pelo autor, as tecnologias são apoio dentro de sala de aula. Permitem realizar atividades de aprendizagem de formas diferentes as do método tradicional, tornado a aula mais interessante e agradável. Uma educação inovadora que pressuponha desenvolver propostas que se complementam e se combinam no foco de aprendizagem, no autoconhecimento, na valorização do aluno e professor contribuirá para um ensino de qualidade.
Quando usadas de forma integradora pode-se organizar atividades diferentes dentro de sala de aula, no laboratório, o acesso a Internet...complementando com educação à distância e  inserção profissional.
Cabe ao professor levar seus alunos a desenvolver atividades de pesquisa e de domínio das tecnologias, motivá-los ao aprendizado. Com espaço adequado e concretização do aprendizado com a realidade do educando.










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